Projeto mostra como arte e razão podem caminhar juntas na educação - Escola Firjan SESI

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Criar uma oportunidade para os professores refletirem sobre o papel da arte na transferência de conhecimento para os alunos e na criação de projetos, em todas as disciplinas, é o propósito do “Projeto Arte e Pensamento”, segundo Antenor de Oliveira, coordenador de Cultura e Educação da Firjan SESI. Lançado na unidade de Petrópolis, o projeto piloto incluiu profissionais de todas as áreas do Ensino Médio, instrutores de cursos técnicos e pedagogos das escolas Firjan SESI SENAI.

Fundamentado em uma valorização do humano e em um pensamento que não separa arte e razão, o curso realizou oito encontros on-line, entre março e maio deste ano, que abordaram grandes artistas e filósofos que fizeram parte do movimento surrealista. A cada encontro era abordado um tema sobre os conceitos geradores do projeto para reflexão: O surrealismo e seu contexto histórico; O que é integralidade; Tempo/Acaso; O instante da imagem; Amizade e liberdade; A alegria do jogo; Entre o sonho e a vigília; e A invenção da vida.

“A conexão do universo do surrealismo com o contemporâneo é capaz de se traduzir em aulas mais criativas e transformar o universo do aluno. A educação forma e a arte transforma o aprendizado, gerando a capacidade de construir massa crítica, novos pensamentos, de criar uma sociedade e juventude mais diversa, com diferentes pontos de vista”, acrescentou Oliveira.

Para Júlia da Costa Santos, analista Cultural da Firjan SESI, é preciso entender que não dá para formar um profissional só técnico, é necessário que ele reflita sobre tudo que o cerca e pense criticamente o lugar que ocupa. Para isso, o melhor caminho é formar professores mais críticos. “A proposta buscou acender a luz da cultura como uma costura entre as disciplinas, para gerar alunos que tenham maior capacidade de reflexão social, política e ecológica”, explicou.

Após essa imersão, o segundo bloco do curso será o desenvolvimento de atividades e projetos junto com os alunos a partir do conhecimento adquirido. No futuro, a intenção é disseminar essa capacitação para outras escolas.

Participantes aprovaram o projeto

A experiência provocou diversas manifestações dos participantes do curso. “A perspectiva surrealista me fez repensar a minha prática e a minha forma de tratar com o outro, com o diferente, a dar novos sentidos às falas, aos textos, às perguntas dos alunos e, até mesmo, as minhas”, ressaltou Rafaela Branco Rabello, professora de Língua Portuguesa, Redação e Literatura.

Para Geovane da Silva Costa, professor de Filosofia, o mirante surrealista, trabalhado no curso, coloca a imaginação criativa como (re)invenção da prática educativa. “A minha docência junto com a discência pode ganhar asas de brincante, sonhos de meninices, escrita livre sem amarras”, afirmou.